palestine, godard e la vie en close
um filme super bacana que já está passando há algumas semanas e só no feriado eu fui ver é Nossa Música (Notre Musique, 2004), produção mais do recente de Jean-Luc Godard. quem quiser conferir, ele está em cartaz no estação unibanco em dois horários: às 16h e 20h.
são três partes. a primeira é a guerra, onde música, imagem e algumas locuções dominam a tela. a segunda é o purgatório e foi filmada em saravejo, talvez durante um encontro de escritores. ficção e realidade se misturam em diálogos sobre diferenças culturais, a questão de israel e palestina, as guerras, "experiências, desejos, poesias, vida, morte, cinema, reconciliação". uma crítica bacana é a de Myrna Silveira.
uma das cenas mais interessantes é quando Mahmoud Darwish, o maior poeta palestino contemporâneo, fala a uma repórter israelense, o que fez link na hora com o Viagem À Palestina, que li no início do ano.
o livro começou quando o poeta fez um apelo ao Parlamento Internacional dos Escritores (PIE), do qual é um dos fundadores, e recebeu, em 2002, uma delegação de escritores disposta a prestar solidariedade num momento em que as condições reservadas ao pensamento no Oriente Médio tornaram-se intoleráveis para qualquer homem livre.
A visita foi documentada e apresenta depoimentos emocionados e emocionantes dos membros da delegação do PIE. O discurso de Mahmoud Darwish para recepcionar a delegação em Ramallah abre a obra. A seguir estão textos de Russel Banks (romancista norte-americano); Bei Dao (poeta chinês); Breyten Breytenbach (poeta sul-africano); Vicenzo Consolo (romancista italiano); Juan Goytisolo (romancista espanhol); Christian Salmon (escritor francês); e Wole Soyinka (dramaturgo nigeriano que ganhou e Prêmio Nobel de Literatura). Acompanham os textos as mensagens de Hélène Cixous e Jacques Derrida. Por fim há o texto integral do “Manifesto pela paz na Palestina”, lançado pelo
PIE em março de 2002.
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