Monday, May 16, 2005

os elefantes não esquecem

seja para o bem o para o mal. e a revange tem um sabor apetitoso seja quente ou fria. só se apaga uma memória se o objeto chega ao nível de insignificante. aí pode esquecer. nenhuma tentativa de brilho, de lustrar os grandes egos dos paquidermes, funciona. afinal, precisa de muito para impressionar criaturas tão peculiares.

o odiozinho da vez começou na mesa de um bar quando estava no banheiro. mas uma daquelas pessoas que manda um comentariozinho maldozo sobre judeus. detalhe que a dita cuja é descendente de árabes, para dar um sabor ao fato. e além disso é uma daquelas mulheres solteiras que enchem as mesas com outras tantas amigas solteiras e ficam tirando fotos digitais em close, todas abraçadas. ou seja, nenhum dia vai se diferenciar do outro.

paguei minha conta em dobro, pois a mulherada levantou e foi embora junta. outros também rebolaram pelo sexo feminino. aí fui fazer a piadinha. em off claro. "olha como eu sou legal, paguei a conta da árabe". e o mundo caiu. ele achou um absurdo. o fim dos tempos. nesses momentos mágicos se perdem pontos valiosos. afinal, a merda chama mais a atenção que o lencinho.e a dita cuja, apesar de já ter me visto mil vezes, todas sem saber que eu sou judia, nem fala comigo. é a modelice ou falta de educação mesmo.

o clima de distância pode ter começado aí. mas as palavras não corresponderem aos fatos aumentou. o silêncio é um opção, e como já dizia depeche mode, ninguém deixa de correr o risco de enjoy the silence. é uma opção legal, e totalmente contextualizada.

aí no outro canto (cor de rosa) da mesa, uma segunda delas começa a falar que uma integrante da família é louca. comentei com a minha irmã e ela disse "ah, ela é a louca gente boa". altamente cativante, sorridente e no limits, tive vontade de mandar a solteira transtornada que difamava a mulher do meu melhor amigo ir no tmar no cu. ir à merda. mas como ela já tá na péssima, e eu sofreria a censura do doi-codi defensor dos bêbados, árabes e dos oprimidos, não falei nada. uma dama não comenta.

mas os elefantes não esquecem.

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