observações para quem ainda não entrou de vez

sábados me fazem pensar onde eu deveria ou queria estar. é bom o silêncio, o vento e a falta de sol. para onde eu poderia estar viajando? tomando um sorvete de água de cildo meirelles em uma praça de kassel. comendo croissants gigantes com a mão engordurada. caindo na água fria de uma distante paineiras. nadando no mar de búzios adolescente enquanto canto um hit do comercial do hollywood.

as pessoas são como filmes em nossas vidas. sempre uma nova estréia, um lançamento que saiu de cartaz, uma locadora, um dvd que recebemos um pacote pelo correio em menos de 24 horas pelo submarino.

a tarde cai e o mundo me tira do meu silêncio. mais uma vez eu tenho que ir. eu sempre tenho alguma coisa para ser feita. mas que preguiça. tinha que arrumar tantas paradas. todas elas empilhadas e cheias de coisas a serem ditas.

em que espaço da estante colocar o excesso de amor? eu vejo meus livros que não os possuo. ou vejo o rebouças de cima por todas as tardes. as pessoas sempre indo. ao choque de bom ou ao precipício. pra depois voar de volta por cima. e sorrir.