estava à toa na vida e nada de interessante acontecia. acho que o último fato alarmante de bom foi durante a tarde ensolarada em que comprei a minha vitrola em são paulo. feira da praça benedito calixto. que belo lugar.
ando de saco cheio de meu trabalho. talvez pelo meu bloqueio criativo. talvez porque eu tenha perdido a mão, ou o saco de fazer as coisas. depois de muita constipação, o tema dos conteúdos é parasitas, como carrapatos, pulgas e seus lares, os cachorros. até que vi uma raça que me interessei, os pugs. mas fora isso nada.
chegar e abrir a persiana. na parte da tarde quando o sol bate direto, fechá-la. depois quando já são umas 17h, abrir de novo para entrar o resto de luz. na hora de ir embora fechar.
quando sente-se só, um ipod pode ser uma companhia valiosa. pra ignorar as paradas que se fala ao seu lado. para tentar sorrir em contato direto com o senso comum. minhas duas melhores amigas saíram do brasil. estou mais solitária. de um lado tento me reaproximar de algumas pessoas. por outro, não faz muita diferença.
"e meu amor não deu em nada, nem sobrancelhas eriçadas".
mas este final de semana foi bom. bom como há muito não era. fui em uma festa de adultos. porque já me sinto uma tia nos lugares que às vezes resolvo ir. fui no ronca ronca e aquela esquizofrenia musical me parece perfeita. o mau val é bacana, apesar de ser vascaíno, como meu namorado.
o furto tocou no interior de são paulo e o mpc me ligou de araraquara. mari me ligou tristinha de trento, na itália. guilherme me ligou sexta à noite de belo horizonte. felipe me ligou na quinta de fernando de noronha. camila de sampa. todos distantes de alguma forma, mas perto.
no sábado lelê consertou minha vitrola. passamos o domingo ouvindo vinis velhos. é sensacional que alguém tenha a mesma onda que a sua. hoje estamos completando 3 anos de namoro. e ninguém, ninguém no mundo tem o poder do abraço dele. lamento. podem ir pro banheiro chorar.
ontem fomos ver uma roda de b-boys e depois um documentário sobre a origem da dança no bronx, em meados dos anos 70. maneiro, mas dos quatro elementos eu prefiro o dj e o grafite. mas fiquei feliz. bem menos entediada.
talvez eu devesse tomar sol. voltar pra academia. e fingir que está tudo bem. lógico que por um lado está. por outro eu estou ansiosa com nada e esperando que algo sensacional acontece e me mostre que eu não perdi a capacidade de me maravilhar.
