Sunday, January 02, 2005

creatina parte 2

Depois de faltar na quinta e na sexta por falta de tempo e total destruição dos meus pobres músculos, hoje eu bravamente voltei à academia. Desculpem-me, mas eu acho realmente fraco começar um texto com “depois”, porém hoje vai ter que ser assim. Tenho consciência que é um vício de linguagem meu, mas faz sentido, pois todas as coisas sobre as quais eu escrevo vêm depois de outras, mas whatever...

Eu estava feliz e sorridente no transport, um aparelho de ficção científica e física que é como se fosse um esqui parado. As pernas deslizam para frente e para trás e continuamos no mesmo lugar. Serve para a bunda, perna de trás e batata da perna. É agradável, mas dói alguma parte do meu joelho esquerdo, e não me perguntem porquê. Na frente dos aparelhos aeróbicos, ficam três televisões enormes, cada delas uma ligada em um canal. Todas sem som, afinal, “música de academia”, essa coisa de gosto duvidoso, é uma exigência nestes estranhos lugares. Aí quando o professor super simpático (pra quem não leu o primeiro texto, todos são sempre simpáticos) veio tirar minha pulsação com um aparelho ultra moderno, eu tive a idéia genial de comentar com ele:

- Nossa, que engraçado, né? Em uma TV está passando Show da Xuxa e na outra David Lynch (era Muholland Drive)!
Aí ele olhou pra minha cara, prestativo como sempre e mandou:
“- Se você quiser eu posso mudar de canal”.
E eu:
- A Xuxa?
Só que então ele não respondeu mais. E pra se vingar ainda da minha afronta contra a Rainha dos Baixinhos ainda voltou mais três vezes para ver meus batimentos cardíacos que eram 138, como o número do meu prédio. Pois é. Lynch não deve estar fazendo sucesso por essas bandas, apesar de suas belas atrizes.

Porém, o dia que eu conheci (em termos) a sala de spinning, foi ainda mais bizarro. Estava com o "barquinho", que trabalha comigo, fazendo esteira. Ele acabou e foi pra tal aula (ele faz dois spinnings seguidos). Aí eu resolvi passar lá para dar um tchau, afinal ele é meu amigo...

Sala de Spinning. É de se imaginar bicicletas e tal, gatinhas saradas e professores suados gritando. Quando eu abro a porta e olho para dentro, vem a surpresa. Está tudo escuro, iluminado apenas por uma luz negra, a música está nas alturas, como em uma rave, enquanto o professor gesticula e as pessoas pedalam todas juntas, como escravos remando em um navio negreiro. Fiquei tão em pânico que fechei a porta e fui embora.

Mas, mudando de assunto, eu fiz um versinho, pra ser cantado em ritmo de funk: “Academia Velox, toda mulher quer, 200 real pra deixara bunda em pé!

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